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Não é por acaso que dizem que esta é a nova doença do século XXI. A tensão e fadiga ocular provocada pelos ecrãs digitais pode afetar 25% das pessoas que passam mais de três horas por dia em frente a estes dispositivos. Pertence a este grupo?
Usar por várias horas dispositivos com ecrãs digitais tem um preço a pagar. Dores de cabeça, tonturas, náuseas e ansiedade são sintomas já avançados que se juntam a outras queixas comuns (ver caixa). A síndrome visual de computador (SVC) é considerada problema clínico desde 2005. Desde aí, muitos anos passaram e os ecrãs continuam a moldar a visão, para pior.
Os sintomas de fadiga visual vão sendo cada vez mais fortes e mais frequentes. Há cada vez mais pessoas a manifestar sinais de fadiga ao fim de várias horas de olhos postos num ecrã. O que pode ser explicado pelo aumento do uso destes dispositivos. Tudo se faz através deles.
Milhões de pessoas no mundo trabalham em frente a um monitor. Usa-se o smartphone para trocar mensagens, consultar emails, navegar nas redes sociais – isto em qualquer momento de pausa. Em casa, voltamos a dedicar algumas horas à televisão ou novamente ao computador. Há até quem opte por ler livros através de um tablet, mesmo em dias de férias! Vivemos numa sociedade moderna dominada pela tecnologia e tudo indica que esta seja uma evolução em crescendo acelerado.
Se ainda não parou para calcular as horas que passa em frente a um ecrã, faça-o. Só para ter uma ideia. Os hábitos que parecem inofensivos podem estar por trás de vários problemas: irritação, ardência, vermelhidão, mal-estar, cansaço.
O facto de ser um problema reconhecido pela comunidade médica significa que já é possível prevenir e tratar a SVC. Há uma série de cuidados que deve ter no dia a dia sempre que faz utilização destes equipamentos.
Quanto mais tempo olhar para o ecrã, maior a probabilidade de assumir uma postura errada: costas curvadas e pescoço inclinado para a frente. O encurtar das distâncias e aumento da proximidade dos ecrãs torna mais difícil manter a acuidade visual durante longos períodos de tempo. No caso de trabalhar em frente a monitores, opte por arrumar o espaço à sua volta, de forma a conseguir a melhor organização possível entre ecrã, teclado, cadeira. Os olhos devem estar à altura do monitor e este a uma distância de 45 a 60 centímetros. Quanto mais estável for a imagem do ecrã, melhor. Faça pausas para descansar a vista e diversifique a atividade para não estar constantemente a olhar para o ecrã. Siga a regra dos três 20.
Piscar os olhos enquanto faz um movimento circular com o pescoço é um dos exercícios de ioga para corrigir a visão e aliviar o desgaste ocular indicados por especialistas como o japonês Kazuhiro Nakagawa. Esta ação é essencial para manter os olhos hidratados. Porque a proximidade do ecrã provoca um estado de tensão constante, o resultado é uma diminuição do número de pestanejo. Convém lembrar que as lágrimas libertadas com o pestanejar servem não só para lubrificar o olho inteiro como para entregar nutrientes e oxigénio à córnea. É crucial que tenha em atenção esta ação. Ambientes secos são os maiores inimigos das lágrimas. Nem sempre é possível desligar o ar condicionado comum, por isso opte por comprar um pequeno humidificador e colocar na secretária.
Manter a intensidade regular da luz no ambiente de trabalho é essencial. Um ecrã demasiado luminoso num espaço sem luz constante obriga os olhos a reajustar sempre que se muda o ângulo de visão.
Uma vez por ano é a frequência ideal para consultar um especialista da visão, especialmente em casos de uso de óculos ou lentes de contacto.
1. Olhos lacrimejantes
2. Visão desfocada
3. Irritação
4. Olhos vermelhos e pesados
5. Ardência ou dor