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Má visão e fadiga ocular são problemas comuns que podem provocar acidentes na estrada. Mas há outros fatores que precisa de ter em consideração. O oftalmologista Eugénio Leite dá alguns conselhos para uma condução segura.
Já falámos de como uma grande percentagem de acidentes de carro pode resultar de má visão. O especialista Eugénio Leite, médico oftalmologista, explica quais os sintomas a ter em especial atenção enquanto conduz e as formas de prevenção fundamentais para evitar problemas na estrada.
Os sintomas mais comuns são a má visão e a fadiga ocular. As principais causas da má visão são essencialmente os erros refrativos (miopia, astigmatismo e hipermetropia) não corrigidos ou, mais grave, os pequenos erros refrativos que provocam baixa de acuidade visual, mas não o suficiente para que o condutor tenha a noção de que vê mal. Não devemos esquecer doenças como a degeneração macular da idade que provoca diminuição de visão e perturbação da qualidade de visão central.
Outro fator extremamente importante é a fadiga ocular, pois é necessário ter uma visão apurada e uma capacidade eficaz de focagem variável nos diferentes planos em condições de luminosidade variáveis.
De uma forma simplista mas objetiva, os problemas visuais com implicação na segurança rodoviária são a baixa visão, a perda de noção de profundidade e a constrição do campo visual. Em suma, os erros refrativos e, além da miopia, hipermetropia e astigmatismo, inclua-se a presbiopia. Não esquecer o daltonismo, o glaucoma, a degenerescência macular da idade ou as cataratas.
Há uma pequena percentagem de doentes que não reconhece nem se preocupa com a patologia oftalmológica que apresenta.
Se atendermos ao que já foi dito nas questões levantadas anteriormente e estando a população a envelhecer, é óbvio que a incidência é elevada, agravada por uma faixa de pessoas que não reconhecem ou desconhecem as suas doenças.
Uma pergunta simples e fácil de responder ou também muito difícil de responder, porque obrigatoriamente devemos efetuar uma consulta de rotina anual, devemos corrigir as lentes que usamos ou tratar da doença do foro oftalmológico. Difícil porque há uma pequena percentagem de doentes que não reconhece nem se preocupa com a patologia oftalmológica que apresenta.
A forma simples de detetarmos os nossos problemas oftalmológicos é efetuarmos autoavaliações periódicas conhecendo os nossos alvos-tipo e efetuando consultas oftalmológicas regulares.
O condutor deve efetuar pausas de condução, utilizar óculos de proteção em condição climática além dos óculos de correção refrativa (se for o caso) e utilizar periodicamente lágrimas artificiais se tiver sintomatologia ocular.
A essência da oftalmologia nas suas duas vertentes. Uma, a curativa, corrigindo os erros refrativos com recurso a óculos ou lentes de contacto adequados ao problema específico e/ou com capacidade de minimizar a fadiga ocular. A outra vertente, preventiva, deve ser considerada pela indicação para efetuar uma consulta oftalmológica regular.
O desconforto visual resulta essencialmente de três tipos de “agressão” aos olhos. Primeiro, o esforço de concentração na condução (diurna e noturna) quer na vertente ambiente externo (carros, peões, ciclistas, animais, objetos, condições de estrada e outros), quer na vertente ambiente interno (GPS, rádio, diferentes indicadores do veículo). Segundo, ambiente climático do interior do carro, a saber: humidade, frio, calor e outros que provocam alterações no filme lacrimal. Terceiro: duração do tempo de condução.
A simples leitura destes três tipos de fatores intuitivamente recomenda que o condutor deve efetuar pausas de condução, utilizar óculos de proteção em condição climática além dos óculos de correção refrativa (se for o caso) e utilizar periodicamente lágrimas artificiais se tiver sintomatologia ocular.
Independentemente do exame obrigatório na renovação da carta de condução, o condutor deve efetuar um exame oftalmológico regular.
Todos os condutores devem efetuar regularmente um exame oftalmológico no qual se realça acuidade visual (vulgo visão), testes de estereopsia (noção de profundidade), testes de visão cromática, avaliação sensório-motora (importante na análise da convergência e noção de profundidade, capacidade de resistência dos movimentos oculares sincronizados e campos visuais (domínio da lateralidade). Em suma, independentemente do exame obrigatório na renovação da carta de condução e para uma maior segurança rodoviária, deve o condutor efetuar um exame oftalmológico regular, no mínimo anual e, enfatizo, por um oftalmologista.
Para minimizar a fadiga ocular devemos, de forma muito objetiva, usar lentes de correção refrativa (se for o caso), proteger os olhos das condições de luminosidade (lentes adequadas com filtros ou fotocromáticas), efetuar pausas periódicas na condução e lubrificar os olhos caso haja sintomatologia.
Na leitura das respostas às questões anteriores, torna-se óbvio que o uso de lentes com características específicas e adequadas ao meio ambiente envolvente à condução é inquestionavelmente importante e faz a diferença na segurança rodoviária.
Faça uma paragem logo que detete os primeiros sinais de fadiga: este é o primeiro passo para a prevenção do acidente.
Na escolha da lente mais adequada à condução, devemos tomar em consideração lentes que melhorem a acuidade visual mas simultaneamente protejam os olhos dos reflexos e encandeamentos do sol, dos faróis dos outros carros, luzes da via pública ou sinais de trânsito. Não esquecer que se deve considerar estes mesmos para lentes que sejam lentes progressivas ou monofocais e ter em consideração que, além dos reflexos, devemos também proteger os olhos das intensidades variáveis de luminosidade, logo lentes fotocromáticas.
Antes de iniciar a condução planeie a mesma, quer na vertente proteção dos olhos (ocular), quer na vertente pausas e faça uma paragem logo que detete os primeiros sinais de fadiga: este é o primeiro passo para a prevenção do acidente.
Depois do que foi dito em resposta às questões anteriores e se for lido com atenção e assimilado, podemos resumir de uma forma objetiva: