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Uma visita imediata ao médico oftalmologista pode evitar danos maiores à visão.
Não espere nem opte pela automedicação. Vá de urgência para uma consulta de oftalmologia. Em situações destas, a ação deve ser imediata para preservar a saúde visual. Mas não se assuste. Na maioria das vezes, não é grave e o tratamento é feito simplesmente com anti-histamínicos, soro ou antibiótico tópico. Apesar de poder durar até 15 dias e atacar os dois olhos, não costuma deixar sequelas.
Pode ser infeciosa – viral, bacteriana, fúngica –, alérgica ou tóxica/irritativa. Tem como sintomas a ardência, as pálpebras inchadas, o olho vermelho, a fotossensibilidade, a sensação de corpo estranho, a visão desfocada ou a secreção e o lacrimejo. Se depois de ler isto suspeita de que tem conjuntivite, está na hora de ir ao médico. Mas antes, registe a regra: evitar o contacto com outras pessoas e lavar bem as mãos.
São frequentes as urgências médicas relacionadas com a conjuntivite, tanto em crianças como em adultos.
Trata-se de uma inflamação da mucosa transparente que reveste a parte interna das pálpebras e a superfície da esclera, aquilo que comummente chamamos de branco do olho. Esta membrana chama-se conjuntiva, daí o nome da patologia.
Existem três grandes formas de conjuntivite que se distinguem pela origem do contágio:
É o tipo de conjuntivite mais comum. Diz-se que afeta um terço da população portuguesa. Surpreendido? A conjuntivite alérgica não é contagiosa e é muitas vezes provocada pelo pólen e ácaros, sprays, pelo de gato e outros alergénicos que entram em contacto direto com o olho.
Pode estar associada à rinite ou asma, assim como à dermatite atópica ou mesmo ao uso regular de lentes de contacto – neste caso, uma conjuntivite papilar gigante.
É causada por bactérias, vírus ou fungos. E é altamente contagiosa! Se for viral, desengane-se quem pensa que se transmite pelo ar… O contágio faz-se pelo contacto com as secreções oculares, tosse ou espirros. No caso de bacteriana – menos comuns, mas mais perigosa –, é transmitida por contacto direto. Pensemos, por exemplo, se encostar os olhos a algo contaminado como a face de outra pessoa, uma toalha, superfície ou mesmo a água de uma piscina. O tipo fúngico é o mais raro e o mais grave de todos. É também o mais difícil de tratar. Pode acontecer como consequência de uma lesão, com madeira, por exemplo.
Conjuntivite bacteriana:
– Vermelhidão por toda a parte branca do olho;
– Aparecimento de muco e pus, que pode ser amarelo escuro ou esverdeado;
– Lacrimejo;
– Dor.
Conjuntivite alergénica, cujos sintomas são mais ligeiros, exceto no lacrimejo:
– Menos vermelhidão;
– Pus mais claro e não tão abundante.
Conjuntivite viral – a juntar aos sintomas da alergénica:
– Aparecimento de um gânglio linfático no ouvido.
O contacto direto com produtos químicos – limpeza, champôs, inseticidas – pode provocar este tipo de conjuntivite que, à semelhança da fúngica, é bastante rara mas muito perigosa. Tenha em atenção ainda a exposição a fumos de cigarro e tintas de cabelo. Quando não diagnosticada e tratada da forma correta, pode trazer complicações para a visão.
Há alturas do ano mais propensas a certos tipos de conjuntivite:
– No verão, o ar seco e as temperaturas elevadas abrem a época balnear, mas não só. É tempo também das conjuntivites bacterianas;
– No outono, são frequentes os surtos virais;
– Na primavera, as queixas por conjuntivite alérgica aumentam por causa do pólen espalhado no ar.
Lavar as mãos frequentemente e adotar uma higiene diária cuidada – toalhas de mãos e de banho individuais – são essenciais para a prevenção. Não utilize cosméticos de outras pessoas!
O diagnóstico e o tratamento eficaz dependem e variam consoante a causa. Se suspeita de que tem conjuntivite, marque uma consulta oftalmológica. Quando mais depressa agir, mais fácil é de tratar.