Este website usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao navegar no website aceita que os usemos. Para saber mais, por favor leia os Termos de Utilização.

Partilhar nas Redes Sociais

Crianças cortina
Crianças, com os olhos não se brinca!Crianças, com os olhos não se brinca!

Crianças, com os olhos não se brinca!

Os exames à visão devem ser feitos a partir de que idade? Que sinais devo ter em atenção? Quais as anomalias visuais mais comuns? As respostas que todos os pais procuram estão aqui.

A Teresa aproxima-se demasiado da televisão quando vê desenhos animados.
Já não é a primeira vez que a Ana confunde o P com o F.
O Rui costuma olhar para as pessoas com a cabeça inclinada, os olhos semicerrados e a testa franzida.
O Henrique sabe ler e escrever muito bem, mas quando lhe pedem para copiar alguma frase do quadro, normalmente, dá erros.
A Joana não tem por hábito acenar aos amigos quando chega à escola.
O Pedro não consegue permanecer concentrado durante muito tempo.
A Beatriz é bastante trapalhona ao andar pela casa.
O Bernardo tem dificuldade em distinguir as cores.
A Catarina fecha ou tapa um olho de vez em quando.

Já ouviu alguma destas frases? Talvez até por mais do que uma vez… Quem sabe não terá sido mesmo a primeira pessoa a reparar num destes comportamentos estranhos. Todas estas queixas podem ser, na verdade, um sinal de problemas visuais. Sim, mesmo aquelas que parecem inofensivas!

Antes de passarmos para as respostas às perguntas essenciais sobre a visão infantil, é importante salientar que não há duas crianças iguais. Nem sempre os sintomas são facilmente percetíveis. Nem sempre lhes damos a devida atenção à primeira (nem à segunda… às vezes nem mesmo à quinta!). Regra geral as crianças não se queixam da dificuldade, nem conseguem percecionar que estão com um défice na capacidade de visão. Nem sempre a associação sintoma–problema é feita de forma automática.

É preciso redobrar a atenção e procurar ajuda de especialistas em caso de suspeita, mesmo que esta seja mínima. Afinal, uma visão saudável é fundamental no desenvolvimento das crianças, apesar de a importância da mesma ser, erradamente, pouco considerada no processo de crescimento e aprendizagem.

Nunca se esqueça e transmita-o desde cedo às crianças: com os olhos não se brinca! A partir do momento em que o seu pequeno vem ao mundo, é altura de começar a cuidar da visão.

Os testes clínicos devem ser feitos a partir de que idade?

Os primeiros exames aos olhos são feitos pelo pediatra quando nascem e, novamente, aos 6 meses. Depois disso, é altura de os pais entrarem em ação. Os especialistas consideram que é fundamental realizar um primeiro rastreio até aos 3 ou 4 anos, altura em que já é possível contar com a colaboração da criança. O ideal seria fazê-lo entre os 12 e os 18 meses, para se conseguir detetar e corrigir fatores ambiogénicos. A partir daí, deve fazer-se uma consulta de rotina de dois em dois anos, se a criança não tiver problemas maiores. Em caso de ametropia, como por exemplo a miopia, a consulta deve ser anual, já que é natural a progressão continuada deste tipo de anomalias.

Durante os primeiros anos de vida, sobretudo até aos 10 anos, ocorrem transformações profundas na visão. Os rastreios são fundamentais na deteção das alterações que podem ser silenciosas e que podem prejudicar o desenvolvimento visual de forma irreversível.

Que sinais devo ter em atenção?

Para responder a esta questão, devemos ter em atenção as várias etapas do desenvolvimento das crianças (ver caixa). Importa ainda voltar à premissa de que todas as crianças são diferentes! O que significa que os mesmos patamares podem ser atingidos em idades distintas. Tendo isso em conta, há sinais que, mais tarde ou mais cedo no desenvolvimento das crianças, devemos ter em atenção.

Por exemplo, nos bebés com mais de 4 meses, devemos garantir que fixam um objeto e o seguem com ambos os olhos em simultâneo. Devem, também, estabelecer a coordenação entre a vista e o ouvido. Se um dos olhos não acompanha o movimento ou o som e desvia para o interior ou exterior, o bebé deve ser observado por um especialista o quanto antes.

Após os 18 meses, as crianças devem conseguir apontar objetos, apanhar e caminhar sem tropeçar. Se esfrega com frequência os olhos ou semicerra as pálpebras, tal pode ser um sinal de alerta.

A partir dos 3 anos de idade, deve prestar atenção aos olhos “preguiçosos” ou aos que desviam de modo não alinhado – um sinal que pode indicar uma anomalia permanente se não for detetada e tratada nos primeiros anos. Note se há queixas de dores de cabeça e cansaço ou se a criança evita brincar ao ar livre.

Nas crianças até aos 12 anos, importa estar atento à proximidade excessiva dos ecrãs de computador e televisão, se desenham ou escrevem inclinadas sobre o livro, se trabalham com um olho fechado ou se trocam letras na leitura. Mais: se saltam linhas de leitura ou se se enganam em algumas palavras, se não gostam de ler durante muito tempo, se surgem dificuldade em recordar o que leram ou em manter a concentração ou até se confundem cores (como o vermelho e o verde, por exemplo).

Etapas mais importantes

Bebés

Nas primeiras semanas, os bebés não conseguem focar objetos a mais de oito a dez centímetros. Só a partir das 8 semanas é que, geralmente, conseguem focar a cara de quem deles cuida. Com 4 meses já conseguem alcançar objetos com as mãos e são capazes de seguir com o olhar.

Crianças até 5 anos

Com 2 anos, as crianças devem apontar e apanhar objetos sem dificuldades, assim como caminhar sem tropeçar. Desviam-se dos obstáculos e reconhecem as pessoas amigas e os objetos a uma certa distância.

Crianças com idades entre os 6 e os 12 anos

Até à fase adolescente, as crianças aprendem a ler e escrever. Escrevem e desenham sobre linhas, leem sem dificuldades e conseguem manter a concentração por um período razoável de tempo. Espera-se também que saibam distinguir na perfeição todas as cores.

Quais as anomalias visuais mais comuns?

Entre as anomalias visuais nas crianças, apontamos quatro que se revelam mais frequentes:

Já sabe, sempre que detetar algum comportamento anómalo nas crianças, não duvide: marque um exame visual. Tudo para assegurar uma visão perfeita e saudável!