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Os avisos não são de agora, mas à medida que se avança no tempo saem novos estudos que confirmam o impacto negativo da exposição excessiva à luz azul-violeta, a variante considerada prejudicial à saúde.
Tendo em conta o espetro, podemos falar de luz azul-turquesa e luz azul-violeta. Estes termos referem-se ao tipo de luz que é visível ao olho humano – a luz não visível é a luz ultravioleta –, sendo que, a partir de um certo comprimento de onda, a luz azul é especialmente nociva (ver imagem abaixo).
A luz azul-violeta pertence a um comprimento de onda entre 415 nm e 455 nm. É importante reduzir a exposição à luz azul, mas manter a função essencial do relógio circadiano, que regula o sono. Por isso, a luz azul deve ser evitada até cerca de 455 nm, mas não ser filtrada além dos 465 nm, de forma a manter o equilíbrio do organismo.
Enquanto a luz azul-turquesa afeta, sobretudo, a forma como o relógio biológico humano funciona (é necessária nas horas em que nos mantemos acordados e evitada nas horas em que devemos dormir), a luz azul-violeta pertence a um comprimento de onda (415-155 nm) considerado altamente prejudicial à saúde. Pertencem as duas à categoria de luz visível de alta energia.
O brilho contínuo da luz de alta energia (luz azul violeta) emitida pelos dispositivos digitais pode induzir stress oxidativo nas células da retina, levando à morte celular
Este tipo de luz azul pode provocar stress oxidativo na retina e morte de células. A luz azul-violeta é emitida pelos ecrãs dos adorados smartphones, computadores, tablets, televisões. Não podemos também esquecer que o sol é a maior fonte emissora de luz azul.
Porque é prejudicial?
Estamos constantemente expostos à luz azul nociva (não vale a pena negar!) e nem a córnea nem o cristalino conseguem bloquear a luz azul nociva ou refleti-la.
Como evitar a luz azul nociva
Há duas formas de o fazer. Primeiro, evitar a exposição à luz azul-violeta, o que pode ser uma tarefa difícil para quem depende dos dispositivos digitais para trabalhar. A luz azul nociva está em todo o lado. Ficar às escuras não é uma solução. A solução passa pela prevenção. Quando não é possível evitar a exposição, deve usar sempre óculos com lentes apropriadas.
Estas devem bloquear a luz azul-violeta e a luz ultravioleta. Devem ainda deixar passar a luz essencial (luz azul-turquesa), importante para a compreensão das cores e sincronização do sono.
A luz azul-turquesa (465-495 nm) é essencial para manter a função fisiológica normal durante o dia.
No exterior, sobretudo nos dias de muita luz e claridade, os óculos de sol são essenciais. Mas para espaços interiores prefira óculos de lentes claras com filtro específico para a luz azul, mesmo que não necessite de graduação. Evite usar dispositivos eletrónicos no escuro. Assim que a luz natural diminui, aumente a luz ambiente e o tamanho das letras.
Cuidados especiais
Os cuidado a ter com os olhos das crianças devem ser ainda maiores. São mais sensíveis e as defesas ainda não estão totalmente desenvolvidas.
A partir dos 45 anos, aconselha-se também especial cuidado. O risco de doença ocular aumenta, o sistema de defesa enfraquece e a sensibilidade das células em relação aos efeitos nocivos da luz azul nociva cresce.
A proteção contra a luz azul-violeta e ultravioleta deve ser permanente, diária e ao longo de todo o ano.