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Luz Azul cortina
Tem síndrome do olho seco?Tem síndrome do olho seco?

Tem síndrome do olho seco?

Só em contexto profissional, podemos passar mais de 1.700 horas por ano a olhar para dispositivos eletrónicos. As consequências são várias e a síndrome do olho seco é uma delas.

Sente os olhos a arder, irritados, sensíveis à luz, lacrimejantes ou parece ter grãos de areia no interior? Se sim, saiba que estes são alguns dos sintomas mais comuns da síndrome do olho seco. Várias causas podem estar na origem deste problema oftalmológico, sendo que uma das mais frequentes é o tempo que passamos de olhos postos em ecrãs digitais.

Estudos norte-americanos recentes – da Sociedade Americana de Oftalmologia e do Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional – revelam que quem trabalha em escritórios passa 1.700 horas, por ano, a olhar para o ecrã e que 90% das pessoas que estão três ou mais horas ao computador sentem dificuldades ou desconforto visual.

Porque é que isto acontece? Quando fixamos por muito tempo um ecrã, reduzimos significativamente o número de vezes em que pestanejamos. Das normais 10 a 16 vezes por minuto, podemos passar a metade, provocando uma evaporação acentuada de lágrimas. Além disso, quanto mais perto estamos de um objeto, maior é o esforço que temos de fazer para conseguir vê-lo bem. Há ainda um conjunto de fatores que podem piorar a situação, como a posição ou as condições de luminosidade.

A síndrome do olho seco desenvolve-se quando não há produção adequada ou evaporação excessiva de lágrimas.

Cinco conselhos rápidos para evitar o problema


Ações simples podem ajudar a impedir ou lidar com a síndrome do olho seco e a resultante fadiga ocular, provocadas pela exposição prolongada aos ecrãs de dispositivos eletrónicos. Se, em muitos casos, não é possível reduzir o tempo de exposição, pelo menos saiba como torná-lo menos desconfortável e como minimizar as consequências:

1. Faça pausas, pequenas paragens ao longo do dia. Levante-se e circule alguns metros até uma área de luz natural e observe zonas amplas. Se não for possível, a partir do lugar siga a chamada regra dos 20/20/20: a cada 20 minutos, pare por 20 segundos, e olhe para uma distância de 20 pés (seis metros).

2. Evite passar muitas horas em salas fechadas com ar condicionado ou espaços com fumo. O ar seco tem um efeito adverso para o olho.

3. Adeque o brilho do telemóvel, do PC ou tablet à luz envolvente. Não se coloque em posição de receber luz direta de frente ou por trás, para evitar contrastes fortes de luz. Mantenha o ecrã fora de zonas de reflexo, pela mesma razão.

4. Coloque o monitor no lugar certo: 60 centímetros de distância do corpo e 15 a 20 graus abaixo do nível dos olhos. Esta regra é essencial para que não seja necessário abrir mais as pálpebras e aumentar as necessidades de lubrificação.

5. Reforce o pestanejar, abrindo e fechando os olhos várias vezes por dia. Se não for suficiente, use lágrimas artificiais.

Uma curiosidade: mulheres e pessoas em idade avançada são mais suscetíveis de serem afetadas por este problema oftalmológico, bem como quem sofre de hepatite C, lúpus, diabetes, faz tratamentos pós-menopausa, entre outros. A síndrome do olho seco, quando associada à utilização excessiva de dispositivos eletrónicos, deve também ser um alerta para situações potencialmente mais graves.

Os ecrãs LED, tecnologia que tem vingado na eletrónica, são fontes de luz azul-violeta nociva e como tal emitem radiações que podem ter tanto de benéficas como de prejudiciais para o organismo. A extensão destes efeitos negativos para a saúde, nomeadamente para a saúde visual, ainda está em fase de estudo. No entanto, sabe-se já que a luz azul interfere com os mecanismos de regulação do humor, do sono e do apetite. Também se associa a exposição prolongada à luz azul a patologias visuais como catarata e lesões na retina.